MEIO AMBIENTE
Educação Ambiental
O projeto de Educação Ambiental visa à conscientização das comunidades para a importância da preservação do meio ambiente. Trata-se de um projeto desenvolvido desde o início da obra, em 2001, com inúmeras ações já concretizadas ao longo desse período.
Atualmente, duas ações se destacam: a Semana do Meio Ambiente e a Gincana Cultural. A primeira reúne, na Semana do Meio Ambiente, um conjunto de atividades voltadas à questão ambiental nos municípios da região, como palestras, oficinas, plantio de mudas, distribuição de materiais informativos, pedágio ecológico, apresentação de vídeos etc.
A segunda ação, batizada de Gincana Cultural, é uma iniciativa criada com o objetivo de premiar escolas, professores e estudantes que tiverem o melhor desempenho na utilização do livro “Abelhudo e a Usina Natureza”. Publicado pela BAESA, o livro conta com capítulos que abordam temas ambientais, como água, ar, sustentabilidade, fauna e flora, reciclagem, energia e outros. Os exemplares são distribuídos gratuitamente a alunos do 6º ano das escolas da região.
A cada ano, duas cidades são escolhidas para promover a Gincana Cultural. No fim do ano, após a utilização do livro, é feita a avaliação dos alunos que mais se destacaram, juntamente com os professores e as respectivas escolas. Os que apresentam melhor desempenho são premiados com bicicletas, smartphones e tablets.
Monitoramento da Fauna (Lontra)
Desde 2014, a BAESA desenvolve o Programa de Monitoramento da Lontra longicaudis, espécie classificada como “quase ameaçada”. O objetivo é acompanhar o desenvolvimento de lontras na região de abrangência da Usina Hidrelétrica Barra Grande.
Qualidade da Água
O projeto de Monitoramento da Qualidade da Água e de Hidrossedimentologia prioriza atividades voltadas a avaliar dados físicos, químicos e bióticos da água do reservatório e também analisar eventuais mudanças no regime de vazões da água e do transporte e deposição de matérias.
Histórico do Índice de Qualidade da Água (IQA) - 2014 a 2022
(Dados coletados na área próxima ao barramento)
Índice de Qualidade da Água do Reservatório (IQAR) - 2018 a 2022
(Dados coletados na área próxima ao barramento)
A avaliação de índices ambientais como o Índice de qualidade da água (IQA) e o Índice de Qualidade da Água no Reservatório (IQAR) é uma forma de avaliar as condições de qualidade da água de uma forma consolidada, pois considera e dá relevância aos principais parâmetros relacionados à qualidade da água, envolvendo os nutrientes, principalmente fósforo e nitrogênio, tempo de retenção da água, coliformes fecais e oxigênio na água. A diferença entre eles é que o IQA se refere a água de rios e o IQAR a reservatórios, com águas mais lentas e de renovação mais demorada.
As condições ambientais do reservatório dependem do entorno, dos usos do solo na bacia hidrográfica e da dinâmica hídrica, incluindo chuvas, vazão da água e operação do reservatório, que afetam os mecanismos de renovação das águas e de suspensão, carreamento e decantação do material carreado pelas águas.
A evolução e comportamento do IQA de 2018 a 2022 mostra dois momentos: o primeiro até 2020, com águas classificadas como ótima e boa e a partir de 2020 a 2022, a qualidade cai, ficando entre boa e regular. O IQAR no local do reservatório próximo à barragem, o valor médio ficou em moderadamente degradado todos os meses, provavelmente influenciado pela dinâmica hídrica. Em 2022, temos uma piora no quadro do IQAR em relação aos anos anteriores.
Esta situação dos índices IQA e IQAR está relacionada aos parâmetros de vazão, coliformes e fósforo total, que influenciaram os valores observados e estão relacionados à ressuspensão e carreamento de material ao reservatório.
O ano de 2022 teve como característica principal a variação, com um pico de tempo de residência da água no reservatório de 1.800 dias em abril, seguido de dois picos de vazão afluente em maio e junto, chegando a 1.200 m3. Na sequência, observando flutuações de vazão e aumento do nível do reservatório a partir de maio. Alguns parâmetros variam conforme essa vazão e com a temperatura. Observa-se a partir de maio a influência da operação, com aumento do nível.
Todos os parâmetros analisados, além desses índices, indicam uma situação de normalidade, com o reservatório se comportando como esperado para um reservatório em “canyon”, com vales encaixados, grande profundidade, mantendo uma condição de oligotrofia, sem problemas de proliferação de algas ou de macrófitas.
Ictiofauna
O projeto de Monitoramento da Ictiofauna prevê a manutenção de estoques de peixes em estações de pisciculturas e armazenamento de amostras de sêmen para reprodução. Desde dezembro de 2014, a BAESA vem fazendo a soltura de alevinos no lago da Usina Hidrelétrica Barra Grande. São espécies como piracanjuba, dourado, curimbatá, piava, mandi-amarelo, suruvi e pintado. O objetivo é fazer o repovoamento do reservatório.
Climatologia
O projeto de Observação das Condições Climatológicas tem por fim captar informações sobre o clima e suas possíveis alterações advindas da formação do lago da Usina Hidrelétrica Barra Grande.
Para obter tais informações, duas estações climatológicas automáticas e telemetrizadas foram instaladas na região (Campo Belo do Sul/SC e Pinhal da Serra/RS). Os equipamentos captam dados sobre a pressão atmosférica, temperatura do ar e do solo, direção e velocidade do vento, umidade relativa do ar, temperatura do solo, radiação solar, evaporação e precipitação.
Gestão do Reservatório
Com a formação do reservatório, a BAESA elaborou o PCAU (Plano de Conservação Ambiental e Usos da Água e do Entorno do Reservatório) para fazer o aproveitamento racional do lago (ver o documento ao lado). A ideia é identificar as melhores alternativas de uso do reservatório e buscar novas oportunidades de negócios.
Uma das iniciativas adotadas para proteger o lago foi o lançamento, em 2012, do Programa de Conservação da APP (Área de Preservação Permanente). Anualmente, a BAESA premia agricultores que desenvolvem as ações mais relevantes em defesa do meio ambiente, como proteção de matas ciliares, nascentes e mananciais de água, recuperação de áreas degradadas, implantação de reserva legal na propriedade e outras. Após avaliação da comissão julgadora, os vencedores recebem prêmios em dinheiro por suas ações em favor da natureza.
